
A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe, no seu espaço da Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), o Teatro Cacilda Becker, nos dias 21, 22 e 23 de julho, dois solos de dança: Laura Samy apresenta a performanceDança Macabra, e Leonardo Laureano a peçaOcas. Os trabalhos compõem o espetáculoRepertórios. O preço do ingresso é popular.
O soloDança Macabra
A performance é criada a partir de reflexões sobre conceitos que representam “o macabro”, a morte e a sobrevivência. É “Um processo de investigação de diferentes formas de resistência e expressão frente à morte ou à mortificação de algo”, comenta a Laura Samy. “A dança macabra do período medieval não define precisamente uma temática, mas um ponto inicial, que impulsiona uma série de articulações e pensamentos, aproximando pistas que remetem a tempos, formatos e contextos diversos”, prossegue a artista, citando referências “históricas, cinematográficas, literárias ou sonoras”, tais comoA Morte do Cisne[1905, coreografia de Mikhail Fokine, famoso pela interpretação de Anna Pavlova] a voz do cineasta, poeta e escritor italiano Pier P. Pasolini (1922 – 1975), a poesia do belga Henri Michaux (1899 – 1984) e um fantoche de uma “loja de brinquedos assustadores”. A bailarina e performer acrescenta que desses “deslocamentos”, surge aDança Macabra, “construindo o espaço da cena, superfície sobre a qual o gesto se inscreve, a imagem se imprime e onde podemos jogar com a experiência da aparição e da desaparição desses gestos/imagens”. A presença é colocada como questão: “O que é que está ali para ser visto? Qual ou quais presenças? A carne, o corpo que vibra? A lembrança? Onde reside o morto?”. No trabalho, o espaço é experimentado como um lugar de tensão entre o que se apresenta nele e “o que resiste a se dar a ver”, fazendo lembrar diferentes sentidos, “referentes à permanência, à memória e à resistência”, conclui Samy.
O soloOcas
De acordo com Leonardo Laureano trata-se de um trabalho composto por “imagens” que existem fora do campo do tempo e que não dependem deste; e “que fazem criar um imaginário, através de movimentos reais, transmitidos por um corpo negro, inspirado na aleatoriedade por fotos, captadas ou criadas...”. O artista adiciona: “O corpo negro é uma tela em branco para a criação” dessas imagens, que transcendem a barreiras raciais e sociais; e acrescenta: “Através do movimento real transmitido por esse corpo, é possível criar um imaginário que fala sobre a história, as lutas e as conquistas. No caso da arte negra, a fala pode ser interpretada de diversas maneiras, não apenas através das palavras, mas também através dos movimentos do corpo”. Laureano pontua que a “arte negra” é uma forma de comunicação que transcende às “barreiras da linguagem”, e que “nos permite captar a complexidade e a simplicidade do corpo humano negro através de seus movimentos”; e prossegue: “Essa forma de comunicação pode ser tão poderosa quanto a fala propriamente dita, e pode oferecer uma experiência única e enriquecedora para quem a observa. É uma forma de arte que nos convida a olhar para além das palavras, e a buscar compreender a complexidade e a beleza do corpo humano em movimento”. O artista considera que a história recente, nos anos 2.000, “tem sido uma constante mudança de padrões e novas descobertas” para as pessoas. “Todos os dias temos padrões novos para aprender ou modificar”, conclui.
O projeto prevê oficinas com os artistas, com participação gratuita, realizadas no dia 18 de julho, terça-feira.
Espetáculo de dança
Repertórios
Com Laura Samy e Leonardo Laureano
De 21 a 23 de julho (sexta a domingo) às 19h
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 30. Meia-entrada: R$15. Promocional: R$10
Vendas: na bilheteria do teatro, ou on-line, neste link .
Duração:Dança Macabra: 55 minutos | Ocas: 17 minutos
Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338 – Catete, Rio de Janeiro (RJ)
Espaço da Fundação Nacional de Artes – Funarte, instituição Vinculada ao Ministério da Cultura (MinC)
Ficha técnica
Dança Macabra
Concepção, criação e performance: Laura Samy | Colaboração dramatúrgica: Renato Linhares | Colaboração artística no processo de pesquisa: Marina Vianna e Inês Cardoso | Cenografia: Laura Samy e Antonio Pedro Coutinho | Iluminação: Jon Thomaz | Produção: Ana Barros| Fotos e vídeo: Renato Mangolin
Apoio: Escola de Cinema Darcy Ribeiro, Proexc – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Casa da Glória e Alice Ripoll Produções
Agradecimentos: Alexandre Belfort, Anita Tandeta, Alice Ripoll, Flora Sussekind e Irene Ferraz
Ocas
Direção geral e direção coreográfica: Leonardo Laureano & Breakconvention | Executivo de produção: Leonardo Laureano | Interprete criador : Leonardo Laureano Ciriaco | Filmagem & edição: Dave Barros | Light Designer: Pj | Trilha Sonora : Suren
Mais informações sobre o projeto
lauras.samy@gmail.com
(21) 979587810
Mais informações sobre o Teatro Cacilda Becker:codanca@funarte.gov.br
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